Anonymous, Roland Emmerich
Fazia um bom tempo que andava sem inspiração para escrever,
mas hoje 02:34 da manhã do dia vinte e cinco de março de 2015 venho com grande
satisfação quebrar o jejum feito até então.
O motivo da minha inspiração vem nada menos e nada a mais do
que um filme alternativo sobre a vida de Shakespeare.
Uma história repleta de visões que nos fazem refletir sobre
a vida e excelência do maior dramaturgo vivo até hoje. Um roteiro tão cheio de
sentimentos, capaz de despertar ódio, amor e tristeza simultaneamente. O
encaixe do enredo com as peças shakespearianas foi feito com uma delicadeza
memorável, assim como a escolha dos atores para o filme.

Filmes como este, despertam o instinto de liberdade de
expressão, lembro-me do meu professor de filosofia que indicou este filme como
forma de expandirmos nossa visão de mundo, ele estava certo em fazer com que
tenhamos o poder de questionar sempre o que tomamos por verdade absoluta.
Para quem já leu as obras do poeta e dramaturgo inglês, é
uma experiência inexplicável, mesmo que para isso eu apenas tenha lido a Megera
Domada, Romeu e Julieta e Hamlet, dá para se ter uma ideia de como era
significativo na época retratada, a existência de um entretenimento saudável e
que por muitas vezes foi mal visto pela camada puritana da sociedade.
Escolha os melhores lugares, e por algumas horas, você será
levado até ao rebanho das peças shakespearianas sendo tragédia ou comédia,
sendo de família nobre ou apenas um roteirista ou ator da época, não importa. A
exibição do longa-metragem nos traz apenas uma mensagem, “As palavras de
Shakespeare viverão para sempre.”
Assista de coração e mente aberta, e prepare-se para sentir
como se tivesse a obrigação de ler as peças de Shakespeare, pois apenas os
trechos citados não saciarão sua vontade de querer mais um pouco sobre o
trabalho singular dramaturgo teve a boa vontade de compartilhar com meros
mortais como nós.