Cartas para você

Bom... Aqui vai.
Tenho ensaiado há meses para poder te escrever. Porém, não tive coragem de enviar uma linha sequer para que você ficasse a parte de algumas coisas. Sabe aquele receio? Aquelas perguntas que ficam na cabeça do tipo :"Será que essa pessoa ainda se importa?". Diante de um cenário de crise acabamos por cometer alguns erros e o maior deles com certeza é se fechar.
Eu queria poder entender melhor algumas pessoas que passaram pela minha vida, mas em muitos casos eu não tinha maturidade o suficiente para arcar com a bagagem que traziam consigo.
Lá vai...
Mais um...
Menos um...
Agora vai...
Acabou.
Como vai você? O que aconteceu com os seus planos? Já fazem meses desde a nossa última e trágica conversa. Você ainda mora naquela cidade? e a "Facul"? e as namoradinhas? hehe...
Tão simples, tão fácil... Tão difícil de enviar...
O medo da rejeição após tantos meses de silêncio e aflição. Aquele eterno drama de esperar pela mensagem que nunca chegou e nunca chegará. Já perdi a conta de quantas vezes me deparei indo atrás das pessoas que considerava importante e sinceramente não me arrependo pois isso faz parte da minha natureza. Porém, existem coisas que nunca irão mudar por mais que tenhamos a melhor intenção de tentar reverter a situação de alguma forma. Por exemplo, o fato de você ter perdido a confiança de alguém ou até mesmo ter ficado em silêncio quando deveria ter aberto o jogo.
Eu nunca me esqueci e sei que você também não. O tempo só serve para que as más lembranças se apaguem e possamos nos apegar aos momentos bons que alguém um dia nos proporcionou.
Gostaria de enviar uma bandeira de paz para pessoas queridas mas não sei se ainda sou querida por elas. Dói né? A eterna dúvida... Será que... Hum... Mas e se?....
Quero que você siga com sua autenticidade, com sua arrogância, sua frieza, seu carinho, seu medo e todas as coisas que faziam de você uma pessoa incrível e muito querida.
Se hoje não temos mais contato foi por conta das coisas da vida né? Existem momentos que queremos manter certa distância mesmo. Todos precisamos nos curar de más experiências que são responsáveis pelo nosso crescimento e posteriormente nos permitem escrever textos como este.
Vai um abraço aí? Pelos velhos tempos? Espero que sim.
Até a próxima :)